Pular para o conteúdo principal

Contextualizar para transformar


                 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/contextualizacao.htm. Acesso em 05 jun. 2024.

    Ao abordar a questão da contextualização, estamos ampliando a possibilidade de humanizar tanto a produção quanto a comunicação do conhecimento. Isso envolve o processo de evolução humana por meio do uso de recursos e instrumentos desenvolvidos ao longo do tempo. A aprendizagem, nessa perspectiva, é um processo bidirecional, no qual ensinar e aprender ocorrem simultaneamente, criando uma relação dinâmica de troca. Assim, ao mesmo tempo que adquirimos conhecimento, também o comunicamos, o que acaba por modificar o ambiente no qual estamos inseridos. Nesse contexto, Freire (2011) afirma:

O discurso da acomodação ou de sua defesa, o discurso da exaltação do silêncio imposto de que resulta a imobilidade dos silenciados, o discurso do elogio da adaptação tornada como fado ou sina, é um discurso negador da humanização de cuja responsabilidade não podemos nos eximir (Freire, 2011, p. 51).

    Em uma relação dialógica entre professor e aluno, temos a construção compartilhada do saber; caso contrário, existe apenas uma coerção da aprendizagem. Esse movimento de ressignificação torna a aprendizagem efetiva à medida que o aluno reconhece os conceitos e se reconhece dentro dessa gangorra de ensino, ou seja: a partir das incertezas, ambos vão construindo uma aprendizagem que faça sentido e favoreça a modificação da realidade vivida por alunos e professores.

    A ressignificação dos conceitos torna o objeto de estudo mais relevante para o estudante. Partindo de eventos que já ocorreram, é possível compreender suas implicações e impactos nos fatos presentes. Esse diálogo com o passado contribui para a construção de novos conceitos e permite que o aluno reflita sobre seus valores e práticas cotidianas, relacionando-os com questões históricas inerentes ao seu grupo social, à sua comunidade, à sua região e até mesmo à sociedade nacional e mundial.

    A formação de novos conceitos pelo estudante é fundamental para que ele compreenda e transforme os elementos do mundo e as relações que esses elementos mantêm entre si. O ensino de História é valioso, ao possibilitar a construção de conceitos, promovendo alterações em seu modo de entender a si mesmo, os outros, as relações sociais e a própria História.

    No processo envoltório da educação, tivemos diferente legislações que embasaram a importância da contextualização no Ensino Médio. Ao delimitar um recorte temporal, analisaremos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394/96 (Brasil, 1996) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de 2018 (Brasil, 2018a), delineando suas contribuições nessa situação específica.







Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mudanças no Novo Ensino Médio

Novo Ensino Médio: entenda as principais  mudanças aprovadas no Senado https://www.youtube.com/watch?v=X0fO8rx9yMw&t=72s Fonte: Agência Senado

Revista de História

RÜSEN E A TEORIA DA HISTÓRIA COMO CIÊNCIA RÜSEN E A TEORIA DA HISTÓRIA                          COMO CIÊNCIA   DA HISTÓRIA COMO CIÊNCIA Resumo Resenha do livro: RÜSEN, Jörn.  Teoria da história : uma teoria da história como ciência. Tradução: Estevão C. de Rezende Martins. Curitiba: Editora UFPR, 2015. RÜSEN E A TEORIA DA HISTRIA COMO CIÊNCIA https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/118009