O Método Ativo de Educação enfatiza a participação ativa dos
alunos no processo de aprendizagem. Em vez de serem meros receptores passivos
de informações, os estudantes são incentivados a participar de atividades
práticas, resolver problemas, participar de discussões em grupo, trabalhar em
equipe e outras formas de aprendizado colaborativo. Esse método valoriza a
autonomia, a criatividade e o pensamento crítico, promovendo um ambiente de
aprendizado mais dinâmico e interativo.
No Brasil, o Método Ativo foi introduzido na primeira metade
do século XX, especialmente durante a década de 1920, quando o país passava por
uma série de transformações sociais, políticas e econômicas. Em São Paulo
acontecia a Semana de Arte Moderna de 1922, que tinha por objetivo a
valorização da Arte brasileira; na política tivemos a Revolta Tenentista e a
criação do Partido Comunista Brasileiro - PCB e, por fim, a maior crise
econômica mundial, com o advento da Quebra da Bolsa de Nova York.
Dentro desse cenário caótico, o Método Ativo conquista espaço
no Brasil. A nova abordagem começou a ganhar destaque com o movimento da Escola
Nova, que propunha reformas educacionais a fim de modernizar o sistema de
ensino brasileiro.
Líderes educacionais como Anísio Teixeira e Lourenço Filho
foram importantes na promoção do Método Ativo. Defendiam uma educação centrada
no aluno, baseada em experiências reais e contextualizadas, em oposição ao
modelo Tradicional, focado em memorização e ensino diretivo.
Por muitos anos e até hoje, a educação vem sendo discutida em
nosso país e a cada período surgem novos métodos para solucionar os problemas
dessa área. Como foi dito anteriormente, não temos a pretensão de apontar o
método ideal ou correto, mas sim de fazer uma reflexão sobre os métodos aqui
propostos para estudo, dentro da perspectiva de contextualização.
A Escola Nova questionava o Método Tradicional de ensino, o
qual se baseava na ideia de que o professor era o único detentor do
conhecimento, enquanto o estudante assumia um papel passivo na aquisição desse
conhecimento. A Escola Nova propunha reformas significativas no sistema
educacional, sugerindo centralizar o processo de ensino e aprendizagem no
aluno. Para os defensores desse movimento, os métodos tradicionais de ensino se
mostravam ineficazes para a realidade social de então e não ofereciam aos
alunos a preparação necessária para uma convivência social e uma cidadania
ativa e participativa. Aranha (1994) evidencia:
Daí o caráter psicológico da pedagogia da existência, segundo a
qual a criança é o sujeito da educação, ocupando o centro do processo
(pedocentrismo). Destaca-se a importância da satisfação das necessidades
infantis, bem como a estimulação de sua própria atividade. A criança não mais é
considerada “inacabada”, uma miniatura do adulto, um adulto “incompleto”, e por
isso precisa ser atendida segundo as especificidades de sua natureza infantil
(Aranha, 1994, p. 167).
A autora enfatiza a ideia de que a criança deve ser o sujeito principal do processo educacional, destacando a importância de colocar a criança no centro do ensino e aprendizagem. Este tipo de pedagogia, chamada "pedagogia da existência", baseia-se em conceitos psicológicos que reconhecem a criança como um indivíduo único, com suas próprias necessidades, interesses e ritmos de desenvolvimento. A criança passa a ser protagonista, participando ativamente da construção do conhecimento, em uma relação horizontal com o seu professor. Há um respeito ao desenvolvimento dos pequenos.
Diante do exposto, concluímos que o Método Ativo valoriza a
contextualização, proporcionando uma abordagem educacional que preza a conexão
entre os conhecimentos históricos do passado aprendidos e a realidade
vivenciada pelos alunos. O Método Ativo, ao incorporar a contextualização, não
apenas enriquece o processo de aprendizagem, mas também estimula o engajamento,
a motivação e o pensamento crítico entre os estudantes.
Esse método se destaca por criar um ambiente de ensino que é
dinâmico, significativo e centrado no aluno, possibilitando que ele relacione
os conhecimentos adquiridos com experiências do seu dia a dia. Assim, a
contextualização no Método Ativo fomenta um aprendizado mais duradouro e
eficaz, uma vez que os estudantes são encorajados a aplicar seu conhecimento em
contextos práticos, permitindo um aprendizado mais profundo e significativo.
Além disso, a inserção da contextualização como uma prática
recorrente no Método Ativo promove habilidades como resolução de problemas,
colaboração e criatividade, elementos essenciais para a formação de indivíduos
capazes de lidar com as complexidades do mundo contemporâneo. Portanto, a
contextualização no Método Ativo não só aprimora o processo educativo, mas
também contribui para o desenvolvimento integral do aluno, tornando-o mais
preparado para os desafios da vida em sociedade e para um aprendizado ao longo
da vida, uma vez que ele adquire maior capacidade para aplicar seu conhecimento
de forma eficaz em diferentes situações.
GABRIEL
ResponderExcluirEnvolver os alunos no processo de ensino aprendizagem faz mais sentido aos educandos.
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