Pular para o conteúdo principal

Resultados da Pesquisa - 1ª Parte


Fonte: https://www.ampesc.org.br/2018/resultados-da-pesquisa-salarial-ja-estao-disponiveis/. Acesso em 11 jun.2024.

    Os resultados da análise dos livros didáticos indicam que a contextualização não está presente em todos os conteúdos da coleção de livros didáticos do ensino médio

  • No livro do 1º ano, dos 14 capítulos, 03 não abordam a contextualização.
  • Na coleção do 2º ano, dos 14 capítulos, 02 não incluem a contextualização.
  • Por fim, na coleção do 3º ano, que possui 13 capítulos, 02 também não contemplam a contextualização.

    Os conteúdos que adotam a contextualização nos livros didáticos não apresentam as informações de maneira isolada ou abstrata eles conectam conhecimentos históricos do passado a conceitos do presente. Todavia, essa compreensão não abarca todos os aspectos da definição de contextualização, adotada na referida pesquisa. Essa definição contempla o diálogo com os conhecimentos históricos do passado que deram origem aos fatos históricos atuais e sob a ótica de quem são os sujeitos históricos, presentes, ausentes ou presentes e desqualificados nas narrativas dos referidos conhecimentos históricos e a inclusão de outras histórias silenciadas, incluindo saberes e contextos das experiências dos oprimidos.

    A contextualização, conforme aqui delineada, está vinculada a duas dimensões, articuladas, para definir contornos da referida definição.

  • A primeira refere-se à contextualização dos conhecimentos históricos, enfocando a necessidade de compreender e situar os eventos e processos do passado que antecederam e influenciaram o presente, estabelecendo um elo contínuo entre passado e presente. Esta perspectiva sublinha a importância de reconhecer as influências do passado como forma de compreender o presente, as relações de poder, constituintes do passado e do presente.
  • A segunda dimensão da definição de contextualização está orientada a uma visão emancipadora para se incorporarem os saberes produzidos por outros sujeitos, cujas narrativas não estão na História majoritariamente ensinada e presente nos livros didáticos produzidos para ensinar esses sujeitos.

    A articulação dessas duas dimensões da contextualização do ensino e, portanto, da aprendizagem, compõem a definição de contextualização associada à educação emancipadora. O foco é estimular nos estudantes o pensamento crítico que fomente análise e transformação de suas condições sociais. Dessa forma, a contextualização do ensino tem como objetivo a formação de indivíduos conscientes e ativos na transformação da sociedade, reduzindo as disparidades sociais existentes e a violência de hierarquizar as narrativas históricas realizadas pelos oprimidos do mundo.



Comentários

  1. Infelizmente a contextualização não esta presente em nossos livros, por isso a visão dos desfavorecidos não são contadas. Parabéns pela pesquisa

    ResponderExcluir
  2. Desenvolver o senso crítico nos alunos é fundamental,como professor fico triste em saber que a contextualização não está presente em nossos livros

    ResponderExcluir
  3. Educação emancipatória, senso crítico e diálogo são essenciais dentro de sala de aula

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Mudanças no Novo Ensino Médio

Novo Ensino Médio: entenda as principais  mudanças aprovadas no Senado https://www.youtube.com/watch?v=X0fO8rx9yMw&t=72s Fonte: Agência Senado

Revista de História

RÜSEN E A TEORIA DA HISTÓRIA COMO CIÊNCIA RÜSEN E A TEORIA DA HISTÓRIA                          COMO CIÊNCIA   DA HISTÓRIA COMO CIÊNCIA Resumo Resenha do livro: RÜSEN, Jörn.  Teoria da história : uma teoria da história como ciência. Tradução: Estevão C. de Rezende Martins. Curitiba: Editora UFPR, 2015. RÜSEN E A TEORIA DA HISTRIA COMO CIÊNCIA https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/118009